No âmbito da educação, da formação e do trabalho com equipes existem numerosas técnicas melhor conhecidas como “dinâmicas de grupo”, as quais têm como objetivo primordial facilitar e promover diversas componentes chave nos planos grupal, inter-grupal, interpessoal e individual.
Independentemente das suas metas específicas (animação, aprendizagem ou formação, desenvolvimento pessoal, gestão de equipas, seleção de pessoal, reuniões de trabalho, etc.), as dinâmicas de grupo contribuem definitivamente para facilitar e aperfeiçoar a ação dos grupos, em virtude do seu poder de ativação dos impulsos e motivações individuais e de estimulação das dinâmicas interna (indivíduo - grupo) e externa (grupo - grupos), de forma a potencializar a integração das forças existentes no grupo e melhor direcionar estas para as metas estabelecidas.
Para que servem:
- Para levantar a prática: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem.
- Para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo.
- Para retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la.
- Para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.
As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador porque permitem:
1. Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão.
2. Ampliar o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu potencial e conhecimento.
3. Possibilita criação, formação, transformação e conhecimento, onde os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução.
Uma técnica por si mesma não é formativa, nem tem um caráter pedagógico. Para que uma técnica sirva como ferramenta educativa libertadora deve ser utilizada em função de temas específicos, com objetivos concretos e aplicados de acordo com os participantes com os quais esteja trabalhando.
Os elementos de uma dinâmica
Objetivos: Quem vai aplicar a dinâmica deve ter claro o que se quer alcançar.
Materiais-recursos: Que ajudem na execução e na aplicação da dinâmica (TV, vídeo, som, papel, tinta, mapas...). Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retroprojetor, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.
Ambiente-clima: O local deve ser preparado de acordo, para que possibilite a aplicação da dinâmica (amplo, fechado, escuro, claro, forrado, coberto...), onde as pessoas consigam entrar no que está sendo proposto.
Tempo determinado: Deve ter um tempo aproximado, com início, meio e fim.
Passos: Deve-se ter clareza dos momentos necessários, para o seu desenvolvimento, que permitam chegar ao final de maneira gradual e clara.
Número de participantes: Ajudará a ter uma previsão do material e do tempo para o desenvolvimento da dinâmica.
Perguntas e conclusões: Que permita resgatar a experiência, avaliando: o que foi visto; os sentimentos; o que aprendeu. O momento da síntese final, permite atitudes avaliativas e de encaminhamentos.
Enfim, os jogos, atividades e instrumentos de dinamização de grupos deverão ser postos em prática por profissionais com a devida competência técnica, devendo igualmente serem encarados como ferramentas de utilização complementar e de apoio e não enquanto objeto ou objetivo único.O sucesso e correção da sua aplicação dependerão não só do técnico que as implemente (como, quando e em que circunstâncias), mas também, e principalmente, do investimento e características intrínsecas dos participantes, bem como do clima e dinâmicas geradas no grupo a montante e durante a sua aplicação, associada à sua respectiva discussão e integração finais.
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